segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Aprender brincando é mais rápido e efetivo


Aprender brincando é mais rápido e efetivo
Autor: João Bittar/Arquivo do MEC


Para a presidente nacional da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp), Quézia Bombonatto, aprender brincando é mais rápido e efetivo porque é mais prazeroso. Psicopedagoga, fonoaudióloga, professora, terapeuta familiar, autora e co-organizadora de livros na área da psicopedagogia, ela acredita que o uso de jogos de regras, modificados para transmitir e fixar conteúdos em sala de aula, é uma forma mais agradável e atraente para os alunos.
“Competir dentro de regras, sabendo respeitar a força do oponente, perceber uma situação sob o ponto de vista oposto ao seu, ativa e desenvolve os esquemas de conhecimento, aqueles que vão poder colaborar na aprendizagem de qualquer novo conhecimento, como observar e identificar, comparar e classificar, conceituar, relacionar e inferir,” destaca.
Para Quézia, o lúdico é uma atividade particularmente poderosa para o exercício da vida social e da atividade construtiva da criança e as crianças privadas de brincadeiras perdem a oportunidade de ativação de seus recursos cognitivos e afetivos. “Há estudos que relacionam estresse e depressão como sintomas de crianças que não brincam”, diz. Segundo ela, na situação de brincadeira as crianças reproduzem esquemas próprios da realidade. “Dentro dos esquemas prévios de relação vão surgindo os esquemas de suas vidas e os ensaios de papéis futuros que elas irão assumir durante a existência,” ressalta.
Para a psicopedagoga, o mais importante para a criança é brincar, em segundo lugar vem a educação formal. Ela constata que os pais, atualmente, tentam acelerar o aprendizado de seus filhos, acreditando que serão melhor sucedidos no futuro. Em sua opinião, manter-se ocupado é realmente importante, inclusive para as crianças. “Ter obrigações resulta em disciplina, em capacidade de administrar tempo, em flexibilidade e em socialização. Mas agenda cheia não combina com o universo infantil,” enfatiza. Na visão de Quézia, a prática pode resultar na perda de concentração e comprometer o aprendizado.
Ela frisa que brincar ajuda na socialização, estimula a criatividade e desperta a inteligência da criança. E entende que a participação dos pais, nesse processo, é fundamental, até porque é uma forma de aproximação com a criança. De acordo com Quézia, brincadeiras puras e simples, como caça ao tesouro, desenvolvem o raciocínio e podem ajudar no processo da alfabetização, da compreensão, da matemática e outros tipos de conhecimentos. Há inúmeras formas de diversão, mesmo quando o espaço é restrito, assegura. Brincar de casinha, fazer cabana, jogar bola, teatro de fantoches ou de sombras são alguns exemplos. Cita, ainda, brinquedos baratos e simples que podem ser produzidos pelos próprios pais, como bonecos e carrinhos.
Com relação aos jogos eletrônicos, ela afirma que existem excelentes opções para estimular o raciocínio, a criatividade, a leitura e a escrita. Em sua avaliação, podem ser uma ferramenta lúdica útil, mas é necessário conhecer as condições e as necessidades de estágio de desenvolvimento em que se encontra a criança. “Não deve ser uma atividade em que o pequeno se isole ou que o jogo seja oferecido para que a criança fique quietinha, não faça bagunça ou não cause transtornos em casa”, alerta.
(Fátima Schenini)

Estágios do Desenvolvimento Infantil

Para Piaget os estágios e períodos do desenvolvimento caracterizam as diferentes maneiras do indivíduo interagir com a realidade, ou seja, de organizar seus conhecimentos visando sua adaptação, constituindo-se na modificação progressiva dos esquemas de assimilação. Os estágios evoluem como uma espiral, de modo que cada estágio engloba o anterior e o amplia. Piaget não define idades rígidas para os estágios, mas sim que estes se apresentam em uma seqüência constante.Ângela M. Brasil Biaggio, em Psicologia do Desenvolvimento, Petrópolis, Vozes, 1976, traça um esquema muito claro do desenvolvimento intelectual, segundo Piaget, discorrendo sobre os estágios propostos por ele:
Estágio sensorio-motor, mais ou menos de 0 a 2 anos: a atividade intelectual da criança é de natureza sensorial e motora. A principal característica desse período é a ausência da função semiótica, isto é, a criança não representa mentalmente os objetos. Sua ação é direta sobre eles. Essas atividades serão o fundamento da atividade intelectual futura. A estimulação ambiental interferirá na passagem de um estágio para o outro.
Estágio pré-operacional, mais ou menos de 2 a 6 anos: (Biaggio destaca que em algumas obras Piaget engloba o estágio pré-operacional como um subestágio do estágio de operações concretas): a criança desenvolve a capacidade simbólica; "já não depende unicamente de suas sensações, de seus movimentos, mas já distingue um significador(imagem, palavra ou símbolo) daquilo que ele significa(o objeto ausente), o significado". Para a educação é importante ressaltar o caráter lúdico do pensamento simbólico.Este período caracteriza-se: pelo egocentrismo: isto é, a criança ainda não se mostra capaz de colocar-se na perspectiva do outro, o pensamento pré-operacional é estático e rígido, a criança capta estados momentâneos, sem juntá-los em um todo; pelo desequilíbrio: há uma predominância de acomodações e não das assimilações; pela irreversibilidade: a criança parece incapaz de compreender a existência de fenômenos reversíveis, isto é, que se fizermos certas transformações, somos capazes de restaurá-las, fazendo voltar ao estágio original, como por exemplo, a água que se transforma em gelo e aquecendo-se volta à forma original.
Estágio das operações concretas, mais ou menos dos 7 aos 11 anos: a criança já possui uma organização mental integrada, os sistemas de ação reúnem-se em todos integrados. Piaget fala em operações de pensamento ao invés de ações. É capaz de ver a totalidade de diferentes ângulos. Conclui e consolida as conservações do número, da substância e do peso. Apesar de ainda trabalhar com objetos, agora representados, sua flexibilidade de pensamento permite um sem número de aprendizagens.
Estágio das operações formais, mais ou menos dos 12 anos em diante: ocorre o desenvolvimento das operações de raciocínio abstrato. A criança se liberta inteiramente do objeto, inclusive o representado, operando agora com a forma (em contraposição a conteúdo), situando o real em um conjunto de transformações. A grande novidade do nível das operações formais é que o sujeito torna-se capaz de raciocinar corretamente sobre proposições em que não acredita, ou que ainda não acredita, que ainda considera puras hipóteses. É capaz de inferir as conseqüências.Tem início os processos de pensamento hipotético-dedutivos.
Vera Lúcia Camara F. Zacharias é mestre em educação, pedagoga, , com vasta experiência na área educacional em geral, e na assessoria e capacitação de profissionais das mais diversas áreas.

linguagem oral e escrita






































































































































Valéria Lúcia Machado Costa Aguiar

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Professora da rede Municipal de Uberaba-MG,com habilitação em supervisão escolar.Casada(apaixonada),mãe(coruja) de um lindo menino de 11 anos e de uma linda menina Maria Clara.